O cenário de uma cidade com diversos espaços públicos de lazer passou a ser promessa em Santa Maria desde 2011. Na época, o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) deu o pontapé inicial em um projeto que viabilizaria a construção de oito parques no município. A intenção era que, no final de 2012, a população já pudesse aproveitar as novas áreas. Neste começo de 2014, mais de um ano depois do fim do prazo previsto, apenas uma das obras pretendidas é tocada e está perto de virar realidade: o Parque Jockey Club.
Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços, Tubias Calil, a obra é composta de cinco etapas, em uma área total de 24 hectares. A primeira, que já está pronta, inclui uma pista de caminhada, duas quadras que comportam a pratica de futsal e basquete, um playground e o pórtico. Durante as demais etapas, serão construídos ainda quiosques com churrasqueira, pistas de bicicross e skates, ciclovia e redes de coleta de água.
Além disso, o prédio da sede principal será revitalizado para receber a Secretaria de Esportes, um espaço à Guarda Municipal e a equipe permanente de manutenção do parque. Ainda haverá arborização de toda área, que será realizada pela prefeitura em conjunto com a população. Apesar de ainda ter etapas a serem concluídas, Tubias afirme que as estruturas prontas já estão liberadas para utilização:
_ O parque já está liberado à comunidade. Os moradores podem desfrutar. É o que a gente quer, que eles desfrutem e também nos ajudem a preservar. Eles vão utilizar, mas também precisam nos ajudar a preservar _ comenta o secretário.
Outros sete parques ainda não saíram do papel
Mesmo com a liberação do parque e algumas das infraestruturas prontas, ainda faltam áreas básicas. O parque não tem banheiros ou bebedouros. Em dias chuvosos, não há um local para abrigo. Os bancos disponíveis ficam encharcados, e grande parte da área de acesso fica embarrada. Não há prazo para a finalização das próximas etapas, mas Tubias afirma que o prefeito pediu prioridade no término das obras. A obra, orçada em R$ 4,5 milhões, teve R$ 2 milhões investidos até o momento, segundo o secretário.
Com relação aos sete parques restantes ainda previstos, o vice-prefeito José Haidar Farret (PP) afirma que todos estão sendo analisados. O Parque Vicente Pallotti tem um recurso disponível até o momento de R$ 2 milhões. Foram realizadas de três licitações, mas nenhuma empresa se interessou.
No Parque dos Morros, já houve um trabalho de a terraplanagem por parte da prefeitura, além do encaminhamento de captação de recursos por meio do Ministério de Turismo. Os demais parques estão em fase de projeto e também aguardam recursos da União.
O futuro do espaço dos páreos é um dilema
Com a desapropriação do Jockey Club para a construção do parque, a prefeitura se comprometeu a disponibilizar um espaço para o esporte. O novo hipódromo se faz necessário não só para dar uma área para a prática que está mantida na cidade, como também para abrigar as pessoas que trabalham e vivem do jóquei. Desde 2010, José Santos, atual presidente do Jockey Club, vem cobrando a prefeitura para a construção do novo hipódromo que, segundo ele, estaria prevista para antes do parque. Em outubro de 2013, foi criada uma comissão de cinco pessoas, presidida por Gilberto José Cremonese, 61 anos, encarregada de dar prosseguimento à negociação com a prefeitura.
Já foram feitas duas reuniões, nas quais ficou determinado que o espaço que será dado para o novo hipódromo terá entre 12 e 15 hectares e contará com no mínimo uma infraestrutura básica, com cocheiras, estábulos e uma raia. Toda o novo espaço será de propriedade da prefeitura, com a concessão administrativa para o conselho do Jockey Club. Segundo Cremonese, uma das prioridades da administração no novo espaço é ter uma escola de formação de jóqueis, estrutura que só São Paulo dispõe no Brasil. Durante as reuniões, já foram